Na cidade de lençóis Paulista, tecnologia usada na cana evita transtornos causados por enchentes.
Associação de Produtores de cana contribui com o município através da solução da Cyan que monitora as chuvas e mede a quantidade de água no solo da bacia do Rio Lençóis, além de fazer a previsão para os próximos nove dias, para avaliação da possibilidade de transbordamento de rio e para a adoção de medidas para minimizar os efeitos de alagamento
Enchentes eram comuns em Lençóis Paulista.
Uma história que salva vidas, evita perdas materiais e ajuda a preservar o meio ambiente está sendo construída em Lençóis Paulista, SP, a partir de uma parceria entre a Ascana (Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê), Prefeitura Municipal e a empresa Cyan Agroanalytics, sediada em São José dos Campos, SP.
A utilização de uma tecnologia de monitoramento climático desenvolvida pela Cyan e utilizada pelos produtores de cana de Lençóís Paulista, tem sido uma aliada importante da Prefeitura do município para evitar as consequências do transbordamento do rio Lençóis que já causou transtornos para muitas famílias.
Os módulos CYAN disponibilizados para a área de contribuição do rio Lençóis, possibilita o monitoramento da ocorrência e da distribuição de chuvas observadas e previstas para os próximos nove dias – explica Majory Imai, sócia e CEO da Cyan.
Com isto, é possível fazer o acompanhamento de como as chuvas observadas estão afetando a saturação do solo na bacia do rio lençóis, pois se o solo estiver muito saturado, o risco de inundação aumenta, e saber se a intensidade das chuvas previstas para os próximos nove dias, ajuda a classificar a intensidade de risco. “Dependendo da emergência, podemos retirar moradores de um local e adotar outras medidas antes dos transtornos causados por algum evento climático”, observa Anderson Silva Buratto, secretário de Planejamento e Urbanismo da Prefeitura Municipal de Lençóis Paulista
Em decorrência dos benefícios proporcionados para os moradores do município, esse case de sucesso foi um dos ganhadores do prêmio MasterCana Social, promovido pelo Gerhai (Grupo de Estudos em Recursos Humanos na Agroindústria) em parceria com a ProCana Brasil. “O reconhecimento mostra que estamos no caminho certo”, afirma o presidente da Ascana, Pedro Luís Lorenzetti, que é também fornecedor de cana.
Muitas ruas de Lençóis Paulista foram inundadas em 2016.
Segundo ele, o trabalho da associação tem, entre os seus pilares, a responsabilidade social e ambiental como destaque. “Desenvolvemos várias ações na comunidade e em nossa área de abrangência”, ressalta. Pedro Lorenzetti afirma que é importante contar com uma parceira, como a Cyan Agroanalytics, que tem a mesma visão que a Ascana.
A empresa não está cobrando nenhum valor adicional para disponibilizar os módulos Cyan para o monitoramento da área de contribuição do rio Lençóis – que é a soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as águas para determinados pontos do próprio rio. Essa solução já é utilizada na área de cana dos fornecedores que são vinculados à Ascana.
A iniciativa está sintonizada com a preocupação da Cyan em trabalhar aspectos socioambientais – afirma Majory Imai. O monitoramento climático é um dos destaques das ferramentas da Cyan que estão inseridas na visão de ESG (governança ambiental, social e corporativa, do inglês Environmental, social, and corporate) da empresa – ressalta.
Previsão meteorológica – Tudo começou com um pedido de ajuda à Ascana, feito pela Prefeitura de Lençóis Paulista, para o monitoramento das chuvas na área de abrangência do rio Lençóis, à montante da cidade, visando a avaliação de riscos e a adoção de medidas para minimizar os efeitos do alagamento. Inicialmente, foram utilizados pluviômetros, que quantificam somente a chuva que caiu – relata Karina Klein, head de marketing da Cyan.
O módulo “Previsão Meteorológica” da empresa, além de disponibilizar informações atualizadas diariamente sob precipitação, umidade, temperatura, vento, radiação, e água acumulada no solo, faz a previsão do risco da ocorrência de chuvas mais severas que possam causar graves problemas para os moradores. O sensoriamento remoto da Cyan, com transmissão em tempo real e previsões, gera também informações de históricos acumulados.
Danos causados pela enchente de 2016.
“Tivemos a ideia de monitorar toda a área de contribuição do rio Lençóis, como se fosse uma fazenda de um produtor de cana da Associação, que utiliza os módulos da Cyan” – conta Pedro Lorenzetti, da Ascana. A área de atuação da Ascana abrange 130 mil hectares. A de contribuição do rio Lençóis é de 1.054 quilômetros quadrados. “Toda a chuva que cai nessa área vai parar no rio Lençóis, de uma maneira ou de outra, ou por meio de pequenos rios ou por escoamento normal”, constata.
Enchente de 2016 – A preocupação e a mobilização para combater as causas e os efeitos do transbordamento do rio Lençóis estão relacionadas ao histórico de alagamentos no município. As maiores enchentes em Lençóis Paulista ocorreram em 2001, 2006, 2011 e, principalmente em janeiro de 2016 – conta Anderson Buratto, secretário de Planejamento e Urbanismo.
As imagens do alagamento de 2016 ainda estão vivas na memória de moradores da cidade. O transbordamento do rio causou rompimento de barragens, atingiu 400 imóveis e deixou 800 pessoas desalojadas, de acordo com levantamento de Karina Klein, da Cyan. Houve inclusive a morte de uma pessoa que pulou no rio para tentar a recuperação de um bem material – conta o secretário de Planejamento. “Várias famílias tiveram perdas materiais”, diz.
Foi registrado um grande volume de precipitação durante vários dias – recorda Pedro Lorenzetti, da Ascana. “Em um único dia tivemos 200 mm de chuva” diz.
Reuniões periódicas – A tecnologia disponibilizada pela Cyan possibilita o mapeamento de toda área de abrangência do rio Lençóis no município – ressalta Anderson Buratto. O rio Lençóis – que pertence à Bacia Hidrográfica dos rios Tietê-Jacaré – começa na Serra de Agudos, em Agudos, passa por Borebi, na área urbana de Lençóis Paulista e, segue para Areiópolis, Macatuba, São Manuel, Igaraçu do Tietê, até desaguar no rio Tietê.
O monitoramento, por meio da previsão de chuvas, começou em dezembro de 2021. “A previsão antecipa o que vai acontecer em termos climáticos. A tecnologia tem ajudado bastante, principalmente, quando há um período chuvoso mais intenso. Com chuva mais local e precipitação de 1 a 3 mm de chuva, o rio suporta bem”, exemplifica Anderson Buratto.
A ferramenta possibilita também o acompanhamento on-line das possibilidades de chuva. “Deixa o pessoal mais atento no plantão para o monitoramento de um evento climático. Dependendo da emergência, é possível retirar moradores de um determinado local antes de ocorrer um problema mais sério causado pela chuva”, afirma.
Na última temporada de chuvas, houve a necessidade – revela – da retirada de pessoas de uma área de risco. “A gente se antecipou, conseguindo visualizar e avaliar a situação por meio do acompanhamento on-line”, conta. Segundo ele, quando o volume de chuvas é muito intenso, não há o que fazer, não tem como evitar alguns transtornos. O importante é ter acesso a esses dados para disponibilizar as informações e agir para salvar vidas e tentar evitar perdas materiais – enfatiza.
A tecnologia disponibilizada pela Cyan possibilita o mapeamento de toda área de abrangência do rio Lençóis no município – ressalta Anderson Buratto.
“Tivemos a ideia de monitorar toda a área de contribuição do rio Lençóis, como se fosse uma fazenda de um produtor de cana da Associação, que utiliza os módulos da Cyan” – conta Pedro Lorenzetti, da Ascana. A área de atuação da Ascana abrange 130 mil hectares. A de contribuição do rio Lençóis é de 1.054 quilômetros quadrados. “Toda a chuva que cai nessa área vai parar no rio Lençóis, de uma maneira ou de outra, ou por meio de pequenos rios ou por escoamento normal”, constata.
Enchente de 2016 – A preocupação e a mobilização para combater as causas e os efeitos do transbordamento do rio Lençóis estão relacionadas ao histórico de alagamentos no município. As maiores enchentes em Lençóis Paulista ocorreram em 2001, 2006, 2011 e, principalmente em janeiro de 2016 – conta Anderson Buratto, secretário de Planejamento e Urbanismo.
As imagens do alagamento de 2016 ainda estão vivas na memória de moradores da cidade. O transbordamento do rio causou rompimento de barragens, atingiu 400 imóveis e deixou 800 pessoas desalojadas, de acordo com levantamento de Karina Klein, da Cyan. Houve inclusive a morte de uma pessoa que pulou no rio para tentar a recuperação de um bem material – conta o secretário de Planejamento. “Várias famílias tiveram perdas materiais”, diz.
Foi registrado um grande volume de precipitação durante vários dias – recorda Pedro Lorenzetti, da Ascana. “Em um único dia tivemos 200 mm de chuva” diz.
Reuniões periódicas – A tecnologia disponibilizada pela Cyan possibilita o mapeamento de toda área de abrangência do rio Lençóis no município – ressalta Anderson Buratto. O rio Lençóis – que pertence à Bacia Hidrográfica dos rios Tietê-Jacaré – começa na Serra de Agudos, em Agudos, passa por Borebi, na área urbana de Lençóis Paulista e, segue para Areiópolis, Macatuba, São Manuel, Igaraçu do Tietê, até desaguar no rio Tietê.
O monitoramento, por meio da previsão de chuvas, começou em dezembro de 2021. “A previsão antecipa o que vai acontecer em termos climáticos. A tecnologia tem ajudado bastante, principalmente, quando há um período chuvoso mais intenso. Com chuva mais local e precipitação de 1 a 3 mm de chuva, o rio suporta bem”, exemplifica Anderson Buratto.
A ferramenta possibilita também o acompanhamento on-line das possibilidades de chuva. “Deixa o pessoal mais atento no plantão para o monitoramento de um evento climático. Dependendo da emergência, é possível retirar moradores de um determinado local antes de ocorrer um problema mais sério causado pela chuva”, afirma.
Na última temporada de chuvas, houve a necessidade – revela – da retirada de pessoas de uma área de risco. “A gente se antecipou, conseguindo visualizar e avaliar a situação por meio do acompanhamento on-line”, conta. Segundo ele, quando o volume de chuvas é muito intenso, não há o que fazer, não tem como evitar alguns transtornos. O importante é ter acesso a esses dados para disponibilizar as informações e agir para salvar vidas e tentar evitar perdas materiais – enfatiza.
“O impacto negativo de uma enchente é muito forte. A Ascana fornece informações para que a Prefeitura e a Defesa Civil possam adotar medidas”, enfatiza Pedro Lorenzetti.
“Estamos melhorando ano a ano o combate a enchentes. Fizemos a reestruturação da Defesa Civil, o rebaixamento de algumas represas para reter água da chuva”, detalha. Segundo ele, houve também a retirada de 29 casas, na Vila Contente, da beira do rio – outras 10 famílias ainda serão transferidas para outras áreas.
Outro procedimento é o disparo de SMS para celulares de pessoas
cadastradas na base, com vínculo em imóveis, devidamente registrados como área de risco pelo cadastro imobiliário da Prefeitura. Há também a divulgação de informações por meio do Facebook, alertando sobre a possibilidade de chuvas fortes e intensas para a região de Lençóis Paulista, assim como boletins informativos sobre o volume de chuva ocorrido e sobre as situações de vias alagadas no município.
Foram adquiridos também dois equipamentos de telemetria para a realização de campanhas de medição de descarga líquida para o monitoramento do Rio Lençóis. Além disso, houve a aquisição e instalação de estações meteorológicas.
Os módulos CYAN disponibilizados para a área de contribuição do rio Lençóis, possibilita o monitoramento da ocorrência e da distribuição de chuvas.
A Prefeitura realizou ainda parceria com o IPMet – Centro de Meteorologia de Bauru – FC/Unesp, com a finalidade de delegar o monitoramento dos radares. Desta maneira, os servidores municipais recebem auxílio de meteorologistas com experiências e Know how para a atividade.
“Estamos somando ferramentas para evitar eventos maiores. A da Cyan foi a primeira implantada com a finalidade de realizarmos esse monitoramento mais profissional”, enfatiza.
Soluções da Cyan – A contribuição da Cyan voltadas ao meio ambiente inclui o monitoramento de risco climático das APPs (Áreas de Preservação Permanente) de seus clientes – observa Majory Imai. A ferramenta “Monitoramento de Incêndio”, desenvolvida pela empresa, coleta e processa dados de satélites visando a identificação de focos de incêndio e emite alertas para o combate imediato do fogo, o que evita a sua propagação para áreas maiores.
Além da preservação ambiental, essa tecnologia torna-se um recurso importante para a defesa contra a aplicação de multas, gerando materialidade para o Nexo Causal, principalmente se a procedência do fogo ocorrer fora da propriedade da usina – explica Majory Imai. Segundo ela, algumas unidades sucroenergéticas contam com essa ferramenta para o monitoramento de incêndio. “Agem de forma proativa e positiva”, destaca.
Outra solução da Cyan que auxilia usinas e destilarias a terem uma conduta ambientalmente correta é a “Janela de Aplicação”, que evita desperdício de produto na hora da pulverização por conta das condições climáticas. Essa solução indica quais são os horários mais recomendados para a aplicação de insumos de altíssimo custo, levando em consideração as condições de vento, temperatura e umidade ao longo do dia atual e dos próximos 9 dias, possibilitando o planejamento e o sequenciamento das aplicações, evitando a deriva e problemas ambientais – exemplifica a CEO da empresa.
Além dos módulos climáticos (observados e previstos), o Balanço Hídrico as ferramentas para janela de aplicação e monitoramento de incêndio, todos com resolução por fazenda, a empresa disponibiliza outras soluções, como NDVI no nível de talhões e o CYAN WORKS que agrega os dados da cultura e permite a identificação de problemas antes de afetarem a produtividade. Cyan é uma plataforma que busca conhecimento da interação dinâmica entre o clima, o solo e a cultura, visando eficiência operacional e melhores práticas.
Iniciativas da Ascana – A Ascana desenvolve, juntamente com os produtores, vários trabalhos na área ambiental, como o reflorestamento de matas ciliares na bacia do rio Lençóis – informa o presidente da Associação, Pedro Lorenzetti. Outras iniciativas voltadas à preservação ambiental estão relacionadas ao cultivo de cana-de-açúcar.
“Realizamos um trabalho de conservação, no período de entressafra, para não deixar o solo nu, sem vegetação. Chuva, com o solo nessas condições, pode ocasionar erosão. Iniciamos há seis anos a rotação de cultura com soja, o que contribui também para a sustentabilidade econômica do fornecedor”, exemplifica.
A tecnologia é uma grande aliada da Associação dos Plantadores de Cana do Médio Tietê nas ações de preservação ambiental. Além dos módulos Cyan, a Ascana usa outas ferramentas para o monitoramento de incêndio. “Há também o monitoramento por câmera 24 horas dos 130 mil hectares dos fornecedores de cana. O trabalho é bastante integrado. Temos os módulos climáticos, o balanço hídrico, a biomassa, e o monitoramento dos incêndios por satélites e pelas câmeras”, observa.
Segundo ele, essas ações possibilitaram uma redução significativa dos incêndios. “O tempo de resposta a um incêndio tem sido muito rápido, o que evita a propagação do fogo”, ressalta.
Fornecedores de cana vinculados à Ascana têm certificação Bonsucro obtida por meio do grupo Zilor, que possui unidades em Lençóis Paulista e região. A Zilor tem terceirizado a área dela de produção de cana para alguns parceiros – diz Pedro Lorenzetti.
O trabalho institucional da Ascana – enfatiza – é dar apoio e orientação para todos os fornecedores de cana associados, sempre levando em consideração a visão social e ambiental. A Associação possui em seu quadro de associados aproximadamente 480 produtores de municípios localizados no Centro-Oeste paulista: Agudos, Arealva, Areiópolis, Avaré, Bauru, Boracéia, Borebi, Botucatu, Lençóis Paulista, Macatuba, Pederneiras, Pirajuí, Piratininga, Pratânia, São Manuel e Tibiriçá.
Fonte: Comunicação da Cyan Agroanalytics.